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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Hondurando com Lula!!!

Realmente o Brasil decidiu meter a mão no fogo e liderar a busca por uma solução em Honduras. Lula indicou que Manuel Zelaya, presidente deposto do país, poderá ficar na residência da Embaixada do Brasil em Tegucigalpa ‘o tempo que for necessário’. Já ao ultimato de 10 dias dado pelo governo golpista de Micheletti para entregar Zelaya, Lula disse não negociar com golpistas.
Não faltaram críticas pela ação Brasileira. Outros afirmam que a atitude tomada pelo mandatário brasileiro seria uma estratégia de ‘gigante diplomático’ ao assumir batalhas menores de países pouco decisivos para aproximar-se de um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Honduras é o quarto país mais pobre da América Latina e se tornou o assunto mais urgente na agenda internacional. Nos últimos anos nenhum assunto teve tal repercussão como o caso do país, até a surrada cuba não mobilizou tanto a comunidade internacional. O caso Honduras demonstra o marco do enorme esforço para recuperar e consolidar a democracia na América, afinal a ‘grande potência democrática’, Estada Unidos, pertence ao continente.
Neste sentido, o lógico seria que a liderança para resolver a crise fosse assumida por Washington. Seu ostensivo compromisso com o multilateralismo e com a causa da democracia na região, o governo de Barack Obama na hora do ‘vamos ver’ demonstrou, não estar em condições políticas de assumir a liderança da resolução desta crise.
Se o sistema norte-americano é incapaz de restaurar a democracia em Honduras, um dos países mais fracos da região, não é capaz de fazê-lo em lugar nenhum e conseqüentemente demonstra não possuir a liderança necessária para o mundo.
Na última década, a América Latina assumiu um papel mais significativo nas relações internacionais, diversificando seus mercados e seus laços diplomáticos. Isto têm demonstrado a diminuição da influência dos Estados Unidos na região.
Uma crítica recorrente à política exterior brasileira de Lula tem sido sua dedicação a temas globais (Rodada de Doha, o grupo IBSA, reforma do Conselho da ONU) e não o suficiente á realidade da região. Agora o argumento se reverte e Lula se envolve em extremo a uma questão regional, Honduras.
Ao assumir a crise de Honduras como prioridade, o Brasil é apoiado pelos países latinoamericanos e iberoamericanos. Alguns pesquisadores afirmam que ao se meter nesta questão o Brasil seria altamente prejudicado. Porém tal afirmação poderia não fazer muito sentido. Uma potência regional com aspirações globais que é incapaz de resolver problemas em sua região não pode ser levada a sério no resto do mundo.

Um comentário:

Daniel Savio disse...

Cara, será que o Estados Unidos não se envolvem pois é muito problema para poucoa vantagem?

Fique com Deus, menino Brasil Empreendente.
Um abraço.