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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Cinquenta anos de Asterix e Obelix

Quem não conhece as incríveis aventuras da dupla francesa Asterix e Obelix juntamente com o pequeno cão Ideiafix? 50 anos antes de Cristo quase toda a Gália era ocupada pelos romanos, liderados por Júlio César.
Apenas um pequeno vilarejo situado na península Armórica, ao norte da Gália resistia ao domínio de César. Para tanto os gauleses contavam com uma poção mágica que lhes davam forças sobrenaturais feitas pelo druida Panoramix, exceto Obelix, que caiu dentro de um caldeirão cheio de poção quando bebê, e adquiriu permanentemente a superforça. A dupla que não teme a nada gasta seu tempo caçando javalis e se divertindo em lutas com as guarnições de legionários romanos dos campos de Babaorum, Aquarium, Laudanum e Petibonum.
Dia 29 de outubro deste ano a dupla celebrou seu 50º aniversário com o lançamento do 34º livro 'L'ANNIVERSARIE D' ASTERIX & OBELIX' (última foto) da série e provavelmente resistirá por um longo tempo pelo fato do quão cativante são os livros, que já arrastam fãs de todas as idades.
Tudo começou em agosto de 1959 em um edifício de Bobigny, subúrbio do leste de Paris. René Goscinny e Albert Uderzo trocavam idéias para uma revista de quadrinhos que seria lançada em outubro. E de repente surgia: dois gauleses, um baixinho e outro gordo. Duas horas depois, Uderzo desenhou os primeiros esboços dos personagens principais: Abracurcix, o chefe da aldeia, Panoramix, o druida, Chatotorix, o bardo, e Ideiafix, o cão.
Dois meses depois, Asterix e Obelix apareciam pela primeira vez na revista Pilote. Passado dois anos saiu o primeiro livros de Asterix, tiragem de 6.000 exemplares, com sucesso imediato.
Asterix e sua turma passava a fazer parte da vida dos franceses. Nos anos 60 a série se transformou em um símbolo do orgulho francês, do pequeno que se recusa a capitular e resiste ao poder dos maiores.
A partir de 1967, a primeira edição de cada livro começou a ultrapassar um milhão de exemplares. E não parou por ai. A história fez tanto sucesso que rapidamente se alastrou pelo mundo. São mais de 325 milhões de exemplares vendidos em 107 idiomas diferentes. Nos anos 90, o cinema fez reviver a dupla gaulesa alcançando mais de 60 milhões de espectadores.
As aventuras quase acabaram em novembro de 1977, quando René Goscinny, o roteirista, faleceu subitamente. No entanto, Albert Uderzo decidiu continuar sozinho e lançou mais dez títulos em 30 anos.
O sucesso de Asterix desperta ambições, e houve muitas propostas para retomar a série. No fim de 2008, Uderzo decidiu vender à Hachette Livres a editora Albert René, criada por ele em 1979. E neste momento Asterix passou dos quadrinhos aos tribunais, quando o desenhista foi acionado por sua única filha, Sylvie Uderzo, que reclamou das condições da venda.
Ao vender a editora, Albert Uderzo, 82 anos, antes contrário, decidiu aceitar que as aventuras de Asterix continuem após sua morte. Para isso, encarregou oficialmente os desenhistas Fréderic e Thierry Mébarki, que trabalham com ele há anos. Resta encontrar um roteirista que aceite o desafio de criar novas histórias para os irredutíveis gauleses.

Um comentário:

Daniel Savio disse...

Eu lembro que no começo deste ano, ao passar pelo aeroporto de Congonhas, consegui um exemplar de uma coletanea de vários artistas fazendo quadrinhos sobre a dupla, achei massa...

Fique com Deus, Brasil Empreeendente.
Um abraço.