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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Jornalismo Globalizado: Um esforço alto a ser reconhecido

Globalização nada mais é do que a internacionalização de informações e produtos, em um mesmo momento podemos beber um Château Lafite Rothschild , famoso e caríssimo vinho francês, comer o típico Yakissoba (japonês) e ver na net o que acontece no Cazaquistão.
Tudo soa muito bonito enquanto há benefícios, no entanto se pegarmos um destes segmentos da globalização (informação ou produtos) veremos dados aterrorizadores. Escolhemos o primeiro.
A informação é um direito de todos e este direito é um dos alicerces para a democracia e ferramenta indispensável à consolidação da cidadania. No entanto insistem em torturar este direito. Em 2009 foram assassinados 76 jornalistas em todo mundo, 26% a mais que em 2008 (60), segundo o balanço anual dos Repórteres-Sem-Fronteiras (RSF).
Neste total ficará marcado a maior matança de repórteres da história: Durante as candidaturas às eleições nas Filipinas 30 profissionais foram massacrados pela milícia privada, ao sul dos arquipélagos filipinos, quando cobriam a inscrição de um candidato local oposicionista. A maior parte das mortes foram registradas na Ásia (44), seguida pela África (12), Europa (7), Magrebe e Oriente Próximo (7) e América (6).
O aumento de jornalistas agredidos ou ameaçados aumentaram de 929 para 1.456 (56%), e o mesmo ocorreu com os meios de comunicação censurados: de 353 em 2008 para 570 (61%). Também houve um acréscimo no número de informantes seqüestrados de 29 para 33. As guerras e as eleições fraudulentas são os principais perigos para os repórteres.
Outro seleto grupo entrou na contabilização, os blogueiros e ciberdissidentes aparecem com aumentos incríveis: 155% a mais foram detidos (151), 35% a mais foram agredidos (61) e 62% a mais de países censuram a rede (60). Cuba, China, Sri Lanka e Irã são os países que possuem regimes que condenam os repórteres a penas tão duras como aos responsáveis de crimes de sangue ou a terroristas.
A maior parte dos repórteres assassinados exerciam sua profissão nas proximidades de seus países, exceto o documentarista franco-espanhol Christian Poveda morto em El Salvador. E talvez por isto este assunto não repercuta fortemente na mídia internacional. No entanto, anualmente muitos profissionais arriscam suas vidas para garantir o direito de (a) informar e (b) ser informado da verdade sobre conflitos, corrupção, destruição do meio-ambiente.

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