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sexta-feira, 26 de março de 2010

CASO NARDONI, chega ao fim...

Não queria escrever sobre esse assunto, me suja a alma, me enoja o nível de vulgaridade do ser, enquanto humano. No entanto seria pura mediocridade esquecer, apagar em nossas memórias os minutos e até horas que a jovem Isabella Nardoni foi hostilizada...
Foram quatro dias de árduos depoimentos, de leituras de peças e de debates, o conselho possuía em mãos o necessário para votar no que acreditavam ser justo - absolvição ou condenação. Certamente o momento mais tenso de toda a semana e da vida do juiz Maurício Fossen foi ao ler a decisão dos sete jurados.
Para os que não conseguiram acompanhar o caso em detalhes o casal Nardoni foi acusado de homicídio doloso (com intenção de matar) com três qualificadoras, que agravaram a pena final: meio cruel (asfixia); recurso impossibilitante de defesa à vítima (jogá-la inconsciente pela janela); e assegurar impunidade do crime real (jogar a menina para ficar impune das hostilidades cometidas).
Alexandre Nardoni usou de diversos recursos para se safar, usando principalmente a emoção dizendo que queria testemunhar olhando para os jurados, que o dia da morte da filha foi o pior de sua vida e chegando a chorar. Alegou que foi agredido por policiais do 9.º Distrito Policial (DP). Na hora de depor foi seguro, mas na hora do interrogatório mostrou-se monossilábico e nervoso.
A madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, nem sequer o juiz Maurício Fossen havia lido as acusações e deu início a uma explosão de lágrimas, afirmando que era tudo uma mentira. E ao depor, contradisse o marido duas vezes de forma gritante.
Como decisão final restaram 31 anos de prisão a Alexandre Nardoni e 26 para Anna Carolina Jatobá, condenados.
Não disseram a verdade, mas esqueceram a última palavra do juramento que fizeram ao depor: “Eu Juro dizer a verdade, somente a verdade, nada mais que a verdade em nome de Deus”, o todo-poderoso não deixaria um caso como este ser acobertado por mentiras. Nunca, Jamais... Afinal foi ele quem deu a inteligência para que a perícia realizasse um trabalho tão perfeito e detalhado.
Agora saio para espairecer... Não quero mais pensar nisto, não hoje!!! Que assim seja, Amém.

3 comentários:

Caio Gomes disse...

Muito bom o texto, bastante coerente. Parabéns pelo texto e pelo blog. Abraços

Katia Santos disse...

Obrigada pela visita ao meu antigo blog,adorava ele mais infelizmente tive que passar para outro, porque não conseguia mais postar imagens nele.
Seu blog é muito interessante e uma boa fonte de informação.
Tenha uma boa semana.

Nuno Castelo-Branco disse...

Infelizmente, casos destes acontecem em todo o mundo. É um sinal claro do desrespeito civilizacional dos nossos tempos.