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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Copenhague em ação

• Bilionário quer financiar US$ 100 bi em prol do Clima
Apesar das principais economias mundiais não estarem ligando a mínima para a mudança do clima, por outro lado existe um plantel de homens do futuro que desejam incansavelmente fazer a conferência de Copenhague valer a pena.
O bilionário George Soros propôs nesta quinta-feira, 10-12, um plano de US$ 100 bilhões, do Fundo Monetário Internacional (FMI), às nações mais ricas para desenvolverem projetos de redução de emissões de poluentes em países pobres.
Certamente o congresso americano irá fazer de tudo para vetar o projeto, mas o plano de Soros é o primeiro grande passo para que Copenhague faça sentido. Soros sugeriu investir nas florestas, principais responsáveis pela absorção de poluentes. O empresário já doou este ano US$ 1 bilhão de sua fortuna pessoal para investir em tecnologia de energia limpa.
• Jovens americanos protestam ‘peladões’
O Bella Centre, local da conferência, recebeu convidados com trajes inusitados na quinta-feira, jovens americanos ficaram peladões em protesto ao aquecimento global.
Vestindo apenas cuecas e lingeries ou roupas de banho, os manifestantes cercaram os delegados dos 192 países que chegavam para o quarto dia de reunião sobre as mudanças climáticas no planeta.
(foto: jovens cercando delegada)
• China e EUA empenham-se em confrontos de culpa
Os responsáveis por 40% das emissões globais de poluentes voltaram a se enfrentar em Copenhague. O chefe da delegação dos EUA dizia aos ventos que "o país cujas emissões estão subindo de maneira radical, realmente radical, é China, que agora é o que mais polui o mundo".
Washington descartou qualquer possibilidade de assinar o Protocolo de Kioto. No entanto Pequim insiste que o país faça parte do protocolo, em revide, os EUA rejeitaram dar um centavo de seus contribuintes para financiar o corte das emissões de poluentes da China, um dos pontos mais críticos das negociações em Copenhague.
• Obama recebe Nobel, alfineta e é alfinetado
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recebeu ontem, o Nobel da Paz em Oslo, na Noruega e discursou que "há poucas dúvidas científicas de que, se não fizermos nada, enfrentaremos mais seca, mais fome e mais deslocamentos maciços que alimentarão mais conflitos durante décadas". Pontuou que são os líderes militares que devem tomar as decisões imediatas para reduzir o problema climático.
Aproveitando a entrega do Prêmio Nobel da Paz, a Obama, o grupo dos países em desenvolvimento, G77, pediram ao mandatário que se junte ao Protocolo de Kyoto por um acordo climático justo e igualitário. Desde que chegou em Copenhague, quarta-feira, o enviado americano Todd Stern criou muita polêmica em razão de suas alegações errôneas.
As Organizações Não-Governamentais (ONGs) ambientalistas julgam que o prêmio recebido por Obama só será merecido se ele mostrar que pode mudar a inércia americana em relação à preservação ambiental. Todos afirmam que estão esperançosos com a chegada do presidente a Copenhague por ele ser um homem poderoso e que poderá alterar o rumo das coisas.
• Rascunho do COP-15 sai
Os representantes dos 192 países reunidos em Copenhague provavelmente devem ter passado uma noite inquietante. Às 8h de hoje seria divulgado um rascunho do documento final da conferência.
Não há detalhes de como têm sido as reuniões, todos os delegados afirmam "estão correndo bem", apesar de questões centrais gerarem muitos conflitos.
• Agora é minha vez
Pelo visto não haverá nenhum consenso e mais uma vez uma real decisão será empurrada para mais adiante. Corre-se na mídia internacional que os delegados decidiram desistir de assinar um acordo em Copenhague transferindo a assinatura para 2011 na Conferência do México. Momentaneamente só existiria um apalavreamento “acordo político” com compromissos para o corte de emissões e financiamento para os países pobres.

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